O pão sem fermento, referido em Êxodo 12,15-20; Dt 16.3, ligado à Páscoa, recordava a pressa com que a nação eleita saiu do Egito, onde servia como escrava.

Dt 16.3 informa: “Nela não comerás levedado; sete dias, nela, comerás pães asmos, pão de aflição (porquanto, apressadamente, saíste da terra do Egito), para que te lembres, todos os dias da tua vida, do dia em que saíste da terra do Egito”.

Alguns destaques sobre o fermento:

1 Ilustra a doutrina falsa e a malícia.

‘’Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus” (Mt 16.6). Os fariseus seguiam as tradições dos antigos; eram fanáticos. Os saduceus negavam a ressurreição, o juízo futuro, existência dos anjos , rejeitavam qualquer doutrina que não pudesse ser provada pela razão pura. Em Mc 8.15, jesus  reprova também o fermento de Herodes, cujo caráter fez dele um adúltero e homicida (Mt 14.1-12).

“Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia” (1Co 5.7, 8).

2 Ilustra a propagação do pecado, perversidade do coração (1Co 5.6-8).

“Não é boa a vossa jactância (vaidade). Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” (1 Co 5.6). A lei cerimonial proibia o uso de pão levedado.

3 Ilustra a propagação do evangelho, o desenvolvimento do Reino.

“O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13.33). Nos dois versículos anteriores, a pequenina semente de mostarda torna-se uma árvore que abriga aves. Este é o sentido bom do fermento.

É comum uma palavra com mais de um sentido, também na Bíblia. Um bom exemplo: em 1Pe 5.8, o leão representa o diabo; em Ap 5.5, se refere a Jesus.

Relacionado com a páscoa judaica, o fermento recordava sofrimento (Dt 16.3). O sofrimento do Cordeiro de Deus, nossa Páscoa, nos torna nova massa, isentando-nos daquele velho fermento, conforme Paulo em 1Co 5.7,8.

Um oportuno apelo à SANTIFICAÇÃO.

Pr. Francisco Mancebo Reis

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