A Bíblia é, de longe, o livro mais completo, belo e fascinante de todos os tempos. Completo tanto literária quanto espiritualmente; belo tanto estética quanto religiosamente; fascinante tanto pelo impacto existencial que provoca quanto pela amplitude do seu alcance.

Pensando literariamente, não há outro livro que congregue história (livros dos Reis e das Crônicas), filosofia (Eclesiastes), romance (Rute), poesia (Salmos), biografia (Evangelhos) e ficção (Parábolas) como a Bíblia o faz. No prisma espiritual, não conhecemos nenhum texto que convide tanto à reflexão (como em Deuteronômio 30:19), apele tanto ao cultivo de valores morais (como em Filipenses 4:8) e interfira com tanta eficácia no modo de pensar e agir (como em Romanos 12:2), como a Palavra de Deus.

Do ponto de vista estético, não existe paralelo na literatura universal ao que encontramos nas Escrituras. Desde a harmonia com que a narrativa bíblica se desenvolve (como a história dos patriarcas em Gênesis), até o preciosismo dos detalhes literários, como acrósticos (Salmo 119) e trocadilhos (Mateus 16:18). Quanto à beleza religiosa, basta lembrar os detalhes do tabernáculo (Êxodo 26) e os requintes do templo (1 Reis 5–6).

Percebemos também como a Bíblia arrebata o leitor — e ainda mais o estudante — ao constatarmos o quanto ela transforma a vida de quem a descobre em sua essência e propósito (como aconteceu com Saulo em Atos 9) e, a partir daí, ao longo da história (como com Agostinho de Hipona, Martinho Lutero, João Wesley…). A Palavra de Deus é igualmente deslumbrante na forma como alcança, de maneira contundente, contextos, realidades e dimensões históricas e sociais (como, por exemplo, sua influência sobre Abraão Lincoln no contexto da Guerra Civil e de sua liderança na América).

A Bíblia é mesmo completa, bela e fascinante!

No entanto, ela é mais que isso. É “viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” (Hebreus 4:12). Ou seja: a Bíblia tem autoridade para permanecer (é viva), poder para operar (é eficaz), força para atingir (é mais cortante), profundidade para alcançar (penetra) e luz para revelar (é apta para discernir).

 “Que a mensagem de Cristo encha completamente a nossa vida e nos faça crescer em sabedoria; que nos ensinemos e corrijamos mutuamente, cantando salmos, hinos e canções espirituais, louvando ao Senhor com gratidão em nosso coração. E que tudo o que falarmos e fizermos seja em nome do Senhor Jesus, agradecendo, por meio dele, a Deus, nosso Pai.” (Colossenses 3:16, 17 — paráfrase do autor).

Deixemos a Palavra de Deus nos transformar e moldar.

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Lecio Dornas é o editor geral da Convenção Batista Mineira, autor de mais de 40 livros, e pastor da Igreja da Família em Orlando, FL – EUA.

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