O Senhor da Igreja seleciona, soberanamente, crentes para servirem como pastores, “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:12). Para liderar, ensinar e proteger dos ventos de doutrina, Deus chama, capacita e entrega à igreja aqueles que devem pastorear “todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos” (Atos 20:28). É para abençoar a Igreja que Deus constitui os seus pastores. John Stott afirma: “Pastores, que são chamados a cuidar do rebanho de Deus, fazem isso em particular, alimentando-o, isto é, ensinando-o”. Em Efésios 4:11, pastores e mestres aparecem como duas palavras ligadas pelo mesmo artigo em grego.
Os dons espirituais servem à edificação da Igreja, por isso nenhum pastor deve servir a si mesmo, buscando destaque para sua personalidade ou visão ministerial. Se foi chamado para pastorear, deve se relacionar com ovelhas, priorizando o fortalecimento destas vidas preciosas que, treinadas e encorajadas, podem servir adequadamente no Corpo de Cristo. Os dons de Deus permitem que o povo de Deus seja preparado para servir.
Jesus, o bom Pastor, exerceu o seu ministério terreno compadecido das multidões que “estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9:36). Ele se doou como exemplo maior de que “o bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10:11). O pastor deve ser “apto para ensinar” (I Timóteo 3:2) a fim de livrar as ovelhas de caminhos tortuosos e destinos perigosos.
Um ministério genuinamente bíblico não deve ser reduzido a uma opção eclesiástica, muito menos a uma profissão. A origem do pastorado é espiritual, portanto, o ingresso de homens no ministério pastoral deve se constituir em uma resposta ao chamado de Deus. O exercício deste ministério não deve ser confundido com uma atividade empresarial ou política.
Em breve, “logo que o Supremo Pastor se manifestar” (I Pedro 5:4), serão recompensados aqueles que exerceram o dom do pastorado com fidelidade, enfrentando grandes desafios sem abandonarem as ovelhas do rebanho que pertence ao Senhor.
Pr. Tarcísio Farias Guimarães
Pastor da Igreja Batista do Barro Preto
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