Localizada em um dos bairros de Ipatinga, a Primeira Igreja Batista no Limoeiro tem enfrentado, com fé e propósito, o desafio de revitalizar sua história e presença no bairro. Sob a liderança do pastor David Silva Sameshima — em seu primeiro ministério pastoral — a congregação tem experimentado um tempo de reconstrução espiritual, relacional e estrutural.
O Limoeiro é um bairro com características únicas: mistura de rural e urbano, marcado por altos índices de violência, tráfico de drogas e alcoolismo, mas também com forte presença religiosa, incluindo muitas igrejas de diferentes linhas teológicas. “É um bairro com uma cultura muito misturada. De um lado, temos o tráfico e a violência. Do outro, muitas igrejas, embora muitas delas com teologias bem diferentes da nossa. Como batistas, estamos ali há mais de 30 anos, com uma história de desafios e superações”, conta o pastor David.
A congregação é fruto da fusão entre duas igrejas da região, e essa transição provocou impactos significativos no perfil da membresia. “Muitos membros antigos se afastaram, houve traumas e conflitos. Hoje trabalhamos com um grupo reduzido, mas comprometido. Nosso foco é fortalecer os relacionamentos, promover cura e retomar a identidade da igreja”, explica o pastor.
Com base na visão da Igreja Multiplicadora, a liderança tem investido na formação e capacitação dos membros. “Já pregamos uma série com o tema da visão multiplicadora, levamos líderes ao Congresso Multiplique e temos estudado o livro de Atos às quartas-feiras. Aos poucos, os irmãos estão sendo despertados para a missão”, diz.
Além do trabalho espiritual, a congregação também sonha com um novo tempo no aspecto físico. “Temos uma área para construção do templo e estamos em processo de planejamento e captação de recursos para reforma e melhoria da estrutura atual. Queremos mudar a imagem da igreja no bairro, tornando-a um lugar acolhedor, onde as pessoas se sintam bem-vindas”, afirma.
O pastor David destaca que as ações evangelísticas — como cultos nas ruas, encontros com psicólogos e atividades para mulheres e crianças — têm sido importantes, mas o foco principal segue sendo o discipulado e o amadurecimento dos membros. “Estamos cuidando da videira e da treliça, como diz a metáfora da revitalização. Nosso desejo é ser uma igreja viva, relevante, que fale e não se cale diante das necessidades do bairro e da missão do Reino”, conclui.














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