Enquanto os inimigos se juntavam para guerrear contra Josué e seu povo, os habitantes de Gibeon, também preocupados com o que poderia ocorrer, resolveram fazer um acordo.
Para os gibeonitas era melhor um trato de servidão do que o empreendimento de uma guerra da qual não sairiam vencedores.
Eles elaboram uma narrativa, montaram um figurino, muniram-se de elementos comprobatórios. Tudo ardilosamente falso!
Parecia se tratar de gente simples, vinda de longe, interessada em conhecer e servir o Deus de Israel, mesmo que por tabela, servindo o seu povo.
Os líderes do povo, o próprio Josué entre eles, caíram como patinhos, examinaram as evidências e fizeram um pacto de não agressão e defesa com aqueles atores.
Firmaram o pacto com juramento em Nome do Senhor, mas não consultaram o Senhor! (Josué 9.14).
Tudo isso para descobrirem três dias depois se tratar de vizinhos aterrorizados.
Talvez o maior ensinamento do texto seja a resposta dos líderes de Israel ao povo que exigia satisfações:
“Fizemos a eles o nosso juramento em nome do Senhor, o Deus de Israel; por isso não podemos tocar neles.” (Josué 9.19).
Sim! O Deus do juramento é maior que o juramento. O Senhor da Aliança é maior que a Aliança. O Nome que sela o Pacto é maior que o Pacto!
A história podia terminar aí. Mas como um abismo chama outro abismo, os líderes resolvem fazer justiça e novamente sem consultar o Senhor.
E para isto, ao abismo de não consultar o Senhor, numa tentativa de aplacar a ira Divina, juntam o abismo da escravização perene dos gibeonitas.
Não por acaso a Bíblia chama a justiça humana de trapos de imundície! (Isaías 64.6).
Para reflexionar!
Pr. Ailton Sudário
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